sábado, 14 de setembro de 2013

Filme Nosso Lar


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

obsessão

Noções de Obsessão e Desobsesão



quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Preces para todos os momentos

                                                        Pai Nosso Espírita


Pai nosso que estais em toda parte,
santificado seja o vosso nome ,
venha a nôs o vosso reino, o reino do bem,
Seja feita a vossa vontade na terra, no espaço,
como em todos os mundos abitados.

Dai-nos senhor o pão do corpo e da alma.
Perdoai as nossas ofensas como de todo coração
perdoamos aos que nos tenham ofendido.
Não nos deixei Senhor sucumbir as tentações dos maus espíritos,
mas enviar-nos os bons para nos esclarecer.
Amo-vos, ó meu Deus, de todo o coração de toda minha alma.
E quero amar a todos os homens que pelo vosso amor são todos meus irmãos;
oh! meu Deus, meu pai, meu Senhor !
Eu vos ofereço esta prece, por todas a alma  que sofrem
encarnadas ou desencarnadas, por todos os nosso amigois e inimigos.
Eu vos suplico, meu pai, piedade, misericordia. perdão,
luz, paz e amor para todos eles e para todos nós.
Amparai-nos Senhor, guia-nos e protegei-nos em nosso progresso espiritual.
Pois vos sois o  Reino o poder e a gloria para sempre amem.
Fonte- Prece para todos

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Radar de Visitas

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Contos e Textos


Viver o Evangelho


Jesus veio e nos trouxe o seu Evangelho. Ensinamentos que mudariam os rumos da própria humanidade, como ninguém jamais foi capaz de alterar. Mas o que fazemos do evangelho depende da evolução de cada um.  Cada um entende o evangelho ao seu modo, enfocando-o de acordo  com sua visão , de acordo com a sua elevação.
Quando e quantos sanguinários e violentos usam o Evangelho para lutas fratricidas, quantos e quantos hastearam bandeiras de fogo e de sangue com o nome de Jesus, quantos e quantos deturpados os seus ensinamentos, imolaram criaturas nas arenas permanentes da vida ... O evangelho, realmente , é  bênção renovada e libertadora, mais o espírito, ainda aprisionado às suas vaidades  e ao seu egoísmo,
à sua violência interior, usará  sempre o evangelho, não para lamentar, não para ensinar, para consolar, mas para coagir e ver sangue.
 Por isso meus filhos, o Evangelho, todo ele sustentado na caridade e no amar cristão, será sempre meta mais feliz para os nossos corações. Não importa se vamos compreender  ou discutir as palavras de Jesus. O que importa, na verdade, é viver em espírito das palavras de Jesus .

Autor Desconhecido


Conforto Amigo


Alma amiga,
Transitas entre as forças que lhe impelem ao caminho da angelitude,
porém jamais anseies ultrapassar as limitações, que são os seu degraus da escalada,
tudo chega a seu tempo,
a seara do bem é composta de espinheiros do estágio em que se apresenta a sua atual morada,
porem não olvides do exercício da paciência,
ames, trabalhes, perseveres na fiel sementeira do Divino Mestre que um dia revestiu-se de carne para servir-te de guia,
facultando-te o consolo das bem-aventuranças,
revelando-te o conforto no por vir dos que anelam pela paz.
Buscas na oração o refrigério para as suas incertezas,
dulcifica-te o coração com a fé na renovação
e vencerás aos sombrios impositivos do desânimo.

Autor :  Glauco



 Sucesso e Nós


Você é o seu próprio pensamento em ação.

Todos somos filhos de Deus e em qualquer lugar estamos todos na presença Divina.

A Suprema Lei da Vida é o bem de todos, concentre-se tão somente no bem e a sua imaginação funcionará por lente vigorosa ampliando a visão dos bens que lhe enriquecem a vida.

A palavra é força criadora, coloque bondade e compreensão no verbo que lhe expõe o modo de ser e a sua palavra realizará maravilhas.

Aceite a Lei do Progresso, observe a árvore que você planta e verificará o imperativo da evolução.

Você pode e deve conservar-se fiel ao seu amor e ao seu ideal, mas não conseguirá ser feliz sem renovar-se.

Aprendamos com a fonte que prossegue sem alteração na estrutura essencial da corrente, entretanto avança em movimento constante para os seus próprios objetivos.

A tarefa em suas mãos é semelhante à determinada empresa com os clientes que se lhe agregam aos interesses; o seu êxito terá sempre o tamanho do serviço que você preste.

Apague de sua mente e de sua conversação toda idéia ou palavra que estabeleça imagens condenatórias ou deprimentes.

A nossa existência é comparável a escada e todos somos capazes de utilizar os degraus que nos levem acima.

Nunca despreze os outros nem despreze a você mesmo, ninguém existe sem utilidade ou sem importância na obra Divina da Criação.

Auxilie para o bem quanto e como possa resguardando a consciência tranqüila, de tudo que dermos receberemos centuplicadamente.

Faça de Deus o seu mentor, o seu companheiro, o seu amigo e o seu sócio, reconhecendo que é nosso dever colocar-nos em Deus tanto quanto Deus por suas Leis está em nós.

Praticando o bem com o esquecimento do mal, conforme evidenciam as Leis de Deus, entreguemo-nos as obrigações que a Divina Providencia nos confiou nos quadros do dia a dia.

E em matéria de sucesso e segurança, paz e alegria, o nosso próprio trabalho com a benção de Deus fará o resto.

 André Luiz



  ORIXÁ DE CABEÇA, COMO ENTENDER?


 "Sabemos que no Candomblé o Orixá pode ser identificado pelo jogo de búzios, o sistema então se dá por jogo divinatório
e às vezes é  necessário que mais de uma pessoa para confirmar, portanto o jogo justifica-se por si mesmo. Já na Umbanda de uma
forma geral, o Orixá geralmente é identificado pelo dia da semana o indivíduo nasceu e na Umbanda Esotérica pela Astrologia. Como
explicar os fundamentos de possibilidade para que isto possa ser possível? Outra questão, qual a utilidade do Jogo de Búzios na
Umbanda e se por exemplo, o indivíduo nasceu no dia X ou no signo Y por isto é filho deste ou daquele Orixá, mas no Búzios "grita"
outro Orixá.  Como isto pode ser resolvido?"

           Nem todos estão certos...: Quando do início da vivência na Umbanda, lembro-me da Yalorixá que me iniciou nos primeiros
passos, orientou-me a que visitasse três Babalawo conhecidos na cidade em que residia, para confirmar o meu "Pai de Cabeça"...
Passadas três semanas, conversando com ela, trouxe a dúvida: "Cada um havia identificado um". Ela não teve dúvida, pegou uma
tábua e a Pemba e disse, já que é assim, Ele vai se identificar... Cantou vários pontos e o Caboclo riscou seu Ponto.

           Passados alguns instantes, sem pontos cantados, veio o "Preto- Velho" e riscou o seu. Nenhum dos três havia identificado
o Caboclo que "tem" o meu Ori. O que chegou mais próximo, afirmava que via um Caboclo de Oxossi, descrevendo-o com penachos
(irradiações da cabeça) na cor verde.

           Temos de ter em mente que os Oráculos têm a sua serventia e os seus momentos adequados de uso, conforme
prescrevem as Tradições dos quais são oriundos. Por sua vez, temos que ter em mente, também, que nem tudo deve ser levado ao
pé da letra, pois as vezes nos esquecemos que estamos numa outra época, noutra realidade, enfim, onde muitas coisas que
acontecem hoje, não aconteciam no passado, com tanta freqüência, como exemplo, o exercício da própria mediunidade.

           O Oráculo é um instrumento catalisador, onde o operador o utiliza para estímulo de sua sensibilidade. No nosso caso, a
Umbanda, encontramos mais comumente, quatro Oráculos: O Ifá, o Opele-Ifá (que na realidade é um instrumento do Ifá mais
simplificado), o Búzios e o Tarô  (alguns até de origem duvidosa).

           Gostaria de fazer algumas observações. Vamos filosofar...

           Em primeiro lugar, é necessário saber que Orixá você quer saber.  Há de considerar, que os seres, têm uma origem
espiritual no Cosmos. Certamente, todos nós, encarnados e desencarnados, temos uma ligação com a Coroa Divina, que poderá ser
traduzida por Orixalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yorimá, Yori e Yemanjá, que estão nos "7 Céus" da Espirittualidade: Tembetá, Humaitá,
Juremá, Yacutá, Yoimá, Yoriá e Ynaiá, respectivamente.

           Assim, por exemplo, parto da premissa de que eu, em minha essência, sou um das Sete Vibrações Originais. Por outro
lado, desde o início remoto das minhas reencarnações (tem lugares que afirmam que os atuais habitantes do planeta, estariam em
torno da 1100º , no momento- ?!?) para o meu resgate e aperfeiçoamento, vamos dizer que, necessitaria reaprender, fixar e praticar
os atributos destas Vibrações Originais (Orixás), assim, a cada encarnação eu "venho" numa condição, até a conclusão do objetivo
original espiritual. Nesta encarnação, "eu sou um Yori (atributo = entendimento), que poderá ser ou não a minha Vibração Original
Causal ou seja, aquela que carrego desde a Gênesis dos Tempos. Então, para sabermos o motivo pelo qual estamos aqui, precisamos
saber o que precisamos desenvolver e aplicar.

           Em segundo lugar, não é a hora, o dia, o mês e o ano que identificam o seu "Ori", pois a nossa referência de tempo e
espaço, é relativa, pois por acaso estamos habitando um planeta que leva 24 horas para o movimento de rotação e 365 dias para o
de translação. O que determina o nosso Ori, são as condições físicas do Cosmos no exato momento em que você dá o primeiro hausto
(respiração ao nascer). Afinal, todas as coisas no universo que "conhecemos" está em afinidade e equilíbrio. Assim, para você nascer
sob uma determinada condição, tudo já fora preparado para que acontecesse àquela hora exata.

           Entretanto, considerando a relatividade em que vivemos, posso me utilizar do conhecimento humano através dos séculos
para ter a minha referência (local) de como o universo estava naquele momento em que nasci, por isto, usam-se também a astrologia
na Umbanda.

           Em terceiro lugar, sou um ser espiritual que veio se aperfeiçoar e trazer algum sentido nesta jornada. Assim, "antes de vir",
a "Equipe Astral" a que estou vinculado, algumas Entidades Espirituais aceitaram compartilhar a minha missão. Assim, a "Força Tarefa",
constituída de Seres Espirituais de diversas especialidades, vieram juntos: o "Chefe", nesta jornada, é um "Preto-Velho" (Yorimá), que
poderia ser denominado de Mentor Espiritual que me assiste, que poderia ser confundido como o "Pai de Cabeça"; o "Protetor", o
"Caboclo" é de Xangô, que poderia ser denominado de "Frente" (por isso disse acima que um dos Babalawo chegou mais próximo!);
etc...

           Assim, se o indivíduo nasceu no dia x ou no signo Y por isto é filho deste ou daquele Orixá mas se ele joga os Búzios e
"grita" outro Orixá, creio que está respondida a sua questão. Não confundir Vibração Original (Essência do Ser), com Orixá ou Entidade
que o acompanha na sua jornada.

           Com votos de profunda paz nos seus pensamentos, irradiante alegria nos seus sentimentos e contagiante harmonia nas
suas ações, com prosperidade, força e minha benção.

Fonte-http://cethrio.vilabol.uol.com.br/modelos/arqs_pensamentos/arqs_pensamentos99996.htm

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Deus, Espirito, Materia - Espiritismo "Uma Nova Era Para a Humanidade"


Informações Úteis

Deus, Espírito, Matéria


"Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas"

1. DEUS — provas da sua existência e atributos
a) Provas da existência de Deus
A prova da existência de Deus encontra-se nesta máxima: "Não há efeito sem causa". Há uma imensidade de efeitos, cuja causa está acima da humanidade. Esses efeitos não se produzem ao acaso, pois do mais pequenino insecto ou semente até à lei que rege os mundos que circulam no espaço tudo atesta uma causa soberanamente inteligente.
Partindo-se do princípio de que todo o efeito inteligente decorre de uma causa inteligente, e não encontrando essa causa na humanidade, ela deve decorrer de uma inteligência superior, quer chamemo-la pelos nomes de Deus, Jeová, Alá, etc.
Há um provérbio que diz: "Pela obra se reconhece o autor!". Deus não se mostra, mas revela-se pelas suas obras.
O Universo não pode ter como causa primária o acaso, nem as propriedades íntimas da matéria, que também tiveram uma causa. O acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria acaso. Duvidar da existência de Deus é negar que todo o efeito tem uma causa e aceitar que o nada pode fazer alguma coisa.
O homem não poderá perceber Deus com os órgãos materiais, que não são próprios para perceber a essência das coisas. Somente pela alma poderá ter a percepção de Deus. Porém, os espíritos esclarecem que a visão de Deus é uma faculdade das almas purificadas.
b) Atributos da Divindade
O homem não pode perceber a natureza íntima de Deus porque lhe falta os sentidos próprios, que se adquire pela completa depuração espiritual.
Todavia, se não pode penetrar na essência de Deus, desde que aceite a sua existência, pode o homem, pelo raciocínio, chegar a conhecer-lhe os atributos necessários, porquanto, vendo o que ele absolutamente não pode ser, sem deixar de ser Deus, deduz-se daí o que ele deve ser.
Sem compreender os atributos de Deus impossível seria compreender a obra da criação. É por não se ter baseado nisso que a maioria das religiões errou. As que não lhe atribuíram a onipotência imaginaram muitos deuses, as que não lhe atribuíram a soberana bondade fizeram-no um Deus ocioso, colérico, parcial e vingativo.
Na infância da humanidade o homem confunde-o com a criatura, cujas imperfeições lhe atribui; à medida que nele se desenvolve o senso moral, penetra melhor a essência das coisas e faz ideia mais justa da Divindade, ainda que incompleta, porém mais conforme à sã razão.
Conforme a doutrina espírita, os atributos de Deus são os seguintes: Deus é a suprema e soberana inteligência; é eterno; infinitamente perfeito; é imutável; é imaterial. Deus é único, omnipotente, soberanamente justo e bom.
Em filosofia, em moral, em religião, só há de verdadeiro o que não se afaste, nem um til, das qualidades essenciais da Divindade. Toda a crença, teoria, princípio ou dogma que estiver em contradição com um só desses atributos, que tenda, não tanto a anulá-lo, mas simplesmente a diminuí-lo, não pode estar com a verdade.
2. O PRINCÍPIO DAS COISAS - espírito e matéria
a) Conhecimento do princípio das coisas
Deus não permite que tudo ao homem seja revelado neste mundo. Assim, não lhe é dado conhecer o princípio das coisas. À medida que se depura é que o véu das causas primeiras se levanta a seus olhos, pois para compreendê-las são necessárias faculdades que ainda não possui.
Pela ciência pode o homem penetrar alguns dos segredos da natureza; porém, não pode ultrapassar os limites que Deus estabeleceu.
Se julgar conveniente, Deus pode revelar ao homem o que à ciência ainda não é dado compreender. É assim que ele recebe comunicações de ordem mais elevada acerca do que lhe escapa ao testemunho dos sentidos, e por meio das quais adquire, dentro de certos limites, o conhecimento do seu passado e do seu futuro.
O princípio das coisas, todavia, reside nos segredos de Deus. Com respeito a tudo que ele não julgou conveniente revelar-nos, apenas se podem erguer sistemas, mais ou menos prováveis.
b) Espírito e matéria
A matéria é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce a sua função.
O espírito é o princípio inteligente do universo. A natureza íntima do espírito, porém, não é fácil de ser analisada com a nossa linguagem, por não podermos apreciá-la com os sentidos.
A inteligência é um atributo essencial do espírito, de modo que para nós são uma e a mesma coisa.
O espírito e a matéria são elementos distintos, mas a sua união é necessária para "intelectualizar" a matéria. O homem não possui uma organização apta a perceber o espírito sem a matéria. Entende-se aqui por espírito o princípio da inteligência, abstração feita das individualidades que por esse nome se designam. Pode-se conceber o espírito sem a matéria, e esta sem o espírito, pelo pensamento.
Há dois elementos gerais do universo: a matéria e o espírito; e acima de tudo Deus, o criador, pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe.
Ao elemento material, todavia, tem que se juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria, propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa atuar sobre ela.
O fluido universal distingue-se da matéria por propriedades especiais; é fluido susceptível, pelas suas inúmeras combinações com a matéria e sob a ação do espírito, de produzir a infinita variedade das coisas, de que apenas conhecemos uma parte mínima. Sem esse elemento primitivo ou universal, a matéria estaria em perpétuo estado de divisão, e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.
A matéria, como a entendemos, é ponderável, mas, considerada como fluido do universo, é etérea, subtil e imponderável. Daí a gravidade ser uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos não há peso, como não há alto nem baixo.
O espaço universal é ilimitado. Abrange a infinidade dos mundos que vemos e dos que não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço, assim como os fluidos que o enchem. A razão leva-nos a concluir que o universo não pode ter-se formado por si mesmo, nem por obra do acaso, mas que é obra de Deus.

3. FORMAÇÃO DOS SERES VIVOS - princípio vital
a) Formação dos seres vivos
Houve tempo em que não existiam seres vivos na Terra; logo eles tiveram um começo. Cada espécie foi aparecendo na proporção em que o globo adquiria as condições necessárias à existência delas.
A Terra continha os germes dos seres vivos, que aguardavam momento favorável para se desenvolverem. Os princípios orgânicos se congregaram, desde que cessou a actuação da força que os mantinha afastados, e formaram os germes de todos os seres vivos, germes estes que permaneceram em estado latente de inércia, como a crisálida e as sementes das plantas, até ao momento próprio do aparecimento de cada espécie. Os seres de cada uma destas se reuniram, então, e se multiplicaram, submetendo-se às leis de selecção natural.
Os elementos orgânicos antes da formação da Terra achavam-se no estado de fluido no espaço, no meio dos espíritos, ou em outros planetas, à espera da criação da Terra para começarem a existência no novo globo.
A espécie humana encontrava-se entre os elementos orgânicos contidos no Globo terrestre e veio a seu tempo. Quanto à época do aparecimento do homem e dos outros seres vivos na Terra, todos os cálculos humanos são quiméricos.
O homem surge em muitos pontos do globo e em várias épocas, o que também constitui uma das causas da diversidade das raças, além dos factores do clima, da vida e dos costumes.
b) O princípio vital
Os seres orgânicos são os que têm em si uma fonte de actividade íntima, que lhes dá a vida. Nesta classe estão os homens, os animais e as plantas. Seres inorgânicos são todos os que carecem de vitalidade, de movimentos próprios e que se formam apenas pela agregação da matéria, como os minerais, a água, o ar, etc.
A força que une os elementos da matéria nos corpos orgânicos e inorgânicos é a mesma. A matéria que os compõe também é a mesma, porém, nos corpos orgânicos está animalizada, pela sua união com o princípio vital.
A vida é um efeito devido à acção de um agente sobre a matéria, que é o princípio vital. Esse agente, sem a matéria, não é a vida, do mesmo modo que a matéria não pode viver sem esse agente. Ele dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.
O princípio vital tem por fonte o fluido universal. É o que chamamos fluido magnético ou fluido eléctrico animalizado. É o intermediário existente entre o espírito e a matéria. Ele é um só para todos os seres vivos, modificado segundo as espécies.
A actividade do princípio vital é alimentada durante a vida pela acção e funcionamento dos órgãos. A causa de morte dos seres orgânicos é o esgotamento dos órgãos. A morte cessa aquela acção e o princípio vital extingue-se, mas o seu efeito sob o estado molecular do corpo subsiste mesmo depois dele extinto, como uma carbonização da madeira permanece depois de extinto o calor.
Morto o ser orgânico, os elementos que o compõem sofrem novas combinações, de que resultam novos seres, os quais haurem na fonte universal o princípio da vida e da actividade, o absorvem e assimilam, para novamente o restituírem a essa fonte, quando deixarem de existir.
A quantidade de fluido vital não é absoluta em todos os seres orgânicos. Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo quer nos indivíduos de uma espécie. Alguns se acham saturados dele, enquanto outros o possuem em quantidade apenas suficiente.
A quantidade de fluido vital esgota-se se não for renovada pela absorção e assimilação das substâncias que contém e pode tornar-se insuficiente para a conservação da vida.
O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo que o tiver em maior porção a outro que o tenha a menos e, em certos casos, prolongar a vida prestes a extinguir-se.
ANOTAÇÕES E INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
(1) Allan Kardec, A GÉNESE, cap. II e X, 18.ª edição (popular), 1976, Federação Espírita Brasileira.
(2) Allan Kardec, OBRAS PÓSTUMAS, 1.ª parte, §1º, §3º, 13.ª edição, Federação Espírita Brasileira.
(3) Barbosa, Pedro Franco, ESPIRITISMO BÁSICO, 2.ª parte, 1.ª edição, 1976, Editado pelo Centro Brasileiro de Homeopatia, Espiritismo e Obras Sociais - CBHEOS.
(4) Allan Kardec, O LIVRO DOS ESPÍRITOS, 1.ªparte, cap. I, II, III e IV, 33.ª edição, 1974, Federação Espírita Brasileira.
(5) Cardozo, José Soares, ONDE ESTÁ DEUS?, 1976, São Paulo, Editora Tempos Novos, Lda.
(6) Mínimus, NOÇÕES DE FILOSOFIA ESPÍRITA, 2.ª Edição, Federação Espírita Brasileira.
(7) Emmanuel, A CAMINHO DA LUZ, psicografia de Francisco Cândido Xavier, cap. II, 5.ª edição, Federação Espírita Brasileira. "


Fonte: Federação Espirita Brasileira
site:
www.febnet.org.br/



Conheça o Espiritismo
"UMA NOVA ERA PARA A HUMANIDADE
DEUS, INTELIGÊNCIA SUPREMA, CAUSA PRIMEIRA DE TODAS AS COISAS
JESUS, O GUIA E MODELO
KARDEC, A BASE FUNDAMENTAL ·
O LIVRO DOS ESPÍRITOS · O LIVRO DOS MÉDIUNS · O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO · O CÉU E O INFERNO. A GÊNESE “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO”
Conselho Espírita Internacional
O material apresentado abaixo, em 11 diferentes idiomas, faz parte da
Campanha de Divulgação do Espíritismo, feita pelo CEI – Conselho Espírita Internacional
em parceria com instituições espíritas de diversos países.
Os folhetos originais podem ser encontrados no site do CEI (http://www.spiritist.org/).

DOUTRINA ESPÍRITA ou ESPIRITISMO

O que é Espiritismo?

É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.
É o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou, "restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido", trazendo, assim, à Humanidade as bases reais para sua espiritualização.


O que revela?

Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da existência terrena e qual a razão da dor e do sofrimento.


Qual a sua abrangência?

Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos.
Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.


O que o Espiritismo ensina?
Pontos fundamentais:

Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (Homens), existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluem intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.
Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso, intelectual e moral, depende dos esforços que faça para chegar à perfeição.
Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos impelem para o mal.

Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela humanidade.
O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.
A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento inato do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assistí-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.

Prática Espírita

Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes".
A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: paramentos, bebidas alcóolicas, incenso, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indugência, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais, ou quaisquer outras formas de culto exterior.
O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecé-lo a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.
A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é um dom que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da diretriz doutrinária de vida que adote.
Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem, trabalha pela confraternização entre todos os homens independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença ou nível cultural e social, e reconhece que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".


"Nascer, morrer, renascer, ainda, e progredir sempre, tal é a lei."

"Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade."

"Fora da caridade não há salvação."

O estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento daDoutrina Espírita.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


Evocações a respeito de Espíritos de animais






"Achei muito interessante está matéria e resolvi postar aqui no meu blog.
Espero que gostem e reflitam sobre o assunto.
Evocações a respeito de Espíritos de animais
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
Recebidas no Grupo Espírita Bezerra de Menezes e Sociedade de Estudos Espíritas Allan Kardec.

Evocação nº 01Espírito: São Luís
Sociedade de Estudos Espíritas
Allan KardecData: 30.03.99

Pergunta: Existem animais na erraticidade?

“Analisemos a questão. Sabeis através dos estudos realizados e dos ensinamentos deixados pelas Entidades Superiores que trabalharam no advento do Consolador, que as almas dos animais não têm utilidade e nem razão de ser no mundo espiritual mais elevado. Entretanto, nas colônias transitórios próximos ao vosso orbe eles são encontrados e têm a utilidade parecida com a encontrada na Terra. Razão pela qual encontram-se relatos de cantos de pássaros, bem como de latidos de cães e caravanas de animais que a vós vos parece tão familiar. Certamente que tudo regido pelas leis de Deus e vontade dos Espíritos que trabalham em Seu nome”.
Sabeis que as colônias transitórias são como uma projeção mais bem elaborada de vossa morada terrena e tudo o que nela existe tem alguma correlação também alhures, inclusive nos planos astrais mais inferiores. Entendei, porém, que tudo se dá em outra dimensão. Não têm, portanto, a mesma importância que se dá aos eventos da carne. Deveis compreender que a Codificação foi elaborada visando moradas mais elevadas onde não mais existem ambientes materializados como se encontram nas colônias e mundos semelhantes. Moradas, onde os Espíritos já atingiram um grau superior de adiantamento moral. É a esta situação que as obras primeiras se referem. Foi a esse respeito que o Espírito de Verdade deixou instrução.
Vosso pouco conhecimento vos torna embotados ao ensino mais profundo do que é a Verdade. Buscai na humildade e na sinceridade a chave para adentrar num campo mais afortunado do aprendizado e vereis que conheceis muito mais do que pensais, pois os Espíritos do Senhor buscam aqueles que, de boa-vontade e de coração aberto, têm a sede sincera do saber" – São Luís.

Evocação nº 02Espírito:
ErastoGrupo Espírita Bezerra de Menezes
São José do Rio Preto, SPData: 02.04.99

Evocação de um Espírito instrutor para falar sobre os Espíritos de animais
Aqui estou para auxiliardes dentro dos meus conhecimentos sobre o tema pretendido.
Poderíeis nos esclarecer se os animais possuem erraticidade e se mantêm suas individualidades?
Sim, eles possuem certa erraticidade, pois suas individualidades são mantidas após a morte do corpo físico. Porém, é necessário compreenderdes que não se pode considerar seu estado como aquele que passam os Espíritos dos homens. São duas condições diferentes. Numa, o Espírito tem inteligência e vida moral. Noutra, apenas os rudimentos da inteligência e completa inconsciência de si mesmos. Os primeiros aguardam a reencarnação para expiar o passado delituoso. Os segundos, apenas um novo corpo para seguirem desenvolvendo-se no processo que lhes é próprio.
Poderíeis nos explicar melhor esta diferença?

Um deles, o Espírito do homem, encontra-se em determinada região do plano espiritual devido a sua condição moral, que determina a posição na hierarquia espiritual. O outro, o espírito do animal, é projetado após o desencarne em regiões apropriadas ao seu grau de evolução. Como não possuem as mesmas condições mentais, ou seja, de estrutura psicológica, não podem ocupar a mesma situação no mundo dos Espíritos.
Mas, o mundo espiritual não é semelhante ao mundo terreno?
Depende do que se entende pela palavra "semelhante". Determinadas regiões astrais são muito parecidas com a superfície terrena e elas freqüentemente abrigam Espíritos de homens e de animais. Mas não na mesma faixa vibratória. Quando encarnados, eles vivem na mesma dimensão devido, o aprisionamento que o corpo lhes proporciona, mas, uma vez libertos da matéria, cada um é atraído para as regiões que lhes são próprias. Não deveis fazer confusão entre esses dois estados. Quando desencarnados, não vereis a Jesus, pois entre vós e Ele há umas diferenças vibratórias considerável, determinadas pela alta condição moral e intelectual do seu Espírito. Os animais estão para os Espíritos dos homens, assim como os homens vulgares estão para o espírito do Senhor. Pensai e entendereis.
Mas os Espíritos de animais podem ser vistos em regiões denominados colônias espirituais?
Sim, eles podem ser vistos em ambientes que se delimitam com as regiões astrais onde suas almas estacionam, numa espécie de erraticidade, aguardando serem conduzidos por Benfeitores dedicados à tarefa de os transportar à experiência carnal.
Mas, já se ouviu dizer que alguns Espíritos de animais são utilizados em caravanas socorristas feitas em regiões umbralinas. Isso é verdade?
Sim, esses Espíritos de animais podem ser guiados por entidades esclarecidas de modo a procederem de determinada maneira. Mas sua ação no plano invisível limita-se a certas faixas vibratórias e à vontade desses Espíritos que lhes impõem o desejo à vontade.
Eles sabem que estão fazendo um serviço junto a outros Espíritos?
Como vos foi dito. Animais são sempre animais. Não possuem consciência de que agem por vontade de Entidades superiores.
Mas, sem a ação dessa vontade superior, como ficaria o Espírito desses animais?
Estacionados nas faixas que lhes são inerentes, aguardando seu renascimento na matéria; um tempo que poderá ser mais ou menos longo, conforme o plano dos Espíritos diretores do orbe.
Tem-se ouvido falar que em regiões trevosas Espíritos de animais ferozes e de aparência horripilantes, aparecem a visitantes que "viajam" a essas regiões. Como pode ser isso? Esses Espíritos são verdadeiros?
Pensais e encontrareis a resposta facilmente. Como determinar se o Espírito de um animal é bom ou mal, se ele não tem vida moral? Qual lei determinaria sua situação no plano invisível, se ele não pensa ou se conduz por atos morais? Assim, podeis compreender que tais formas horrendas, que atormentam almas ou Espíritos que vão a estas regiões são, em verdade, Espíritos maus transfigurados, ou projeções mentais provocadas por eles. Já afirmamos e repetimos: As formas espirituais que animam os animais e as plantas, possuem cada uma, as faixas vibratórias das "regiões espirituais" que lhes são apropriadas. Nos mundos transitórios, "as colônias", só são observadas tais formas caso esses ambientes estejam em relação direta com essas faixas. De outro modo, plantas ou animais que ali são vistos são produtos das projeções mentais de Espíritos superiores que cuidam de administrar esses lugares reservados a desencarnados a caminho da luz.
Os Espíritos afirmaram na Codificação que as formas espirituais que animam os animais são utilizadas quase que imediatamente para novas reencarnações. Que tendes a dizer a respeito?
Afirmo-vos que as coisas não se passam tão rapidamente como imaginam. Considerai que o tempo entre o plano material e espiritual possui significativa diferença. Já não foi dito que um ano para Deus é mil anos para os homens? Pensais e obtereis a resposta.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Caso Shanti Devi

Um caso de Reencarnação 

O Regresso de Uma Mulher que Morreu de Parto - Jane Sherrod Singer

Nenhum caso moderno de reencarnação tem sido mais examinado do que este renascimento de uma jovem indiana. É um exemplo clássico da tradição hindu se fazendo sentir nos tempos modernos. A autora é formada em psicologia pela Universidade da Califórnia.
“A velha Índia, a terra em forma de coração de belas mulheres vestidas de sari e belos homens com suas camisas brancas sem colarinho, combinadas com os folgados dhotis, tem, como parte integrante de suas crenças religiosas, a doutrina da reencarnação. Os hindus vêem o tempo não como um rio correndo, mas como um lago. Ondas ou ondulações podem aparecer, mas o lago permanece imutável, para todo o sempre.
A casta em que cada um nasce, dizem eles, é o resultado de uma vida passada, e cada um renascerá em uma vida futura de acordo com o seu comportamento nesta vida. Os hindus aceitam esses fatos com a mesma confiança com que esperam o amanhecer de um novo dia. Foi, no entanto, um choque para eles, e para todo o mundo, quando encontraram em Shanti Devi a possível prova dessa parte da filosofia intangível do hinduísmo.
Shanti Devi nasceu em 1926, na antiga capital da nação, Delhi. O acontecimento foi alegre, mas não espetacular. Shanti não desceu nas costas de um pavão, como Sarasvati, deusa das artes criativas, nem foi trazida, como Parvati, por Siva cavalgando um touro.
Sua família era remediada, mas nem de longe rica como os marajás. Durante os primeiros anos de vida, Shanti não foi mais que uma criancinha bonita e querida. Engatinhou, aprendeu a andar e a falar.
Quando chegou à idade de três anos, seus pais se divertiam muito porque, repetidamente, ela falava a respeito de seus maridos e seus filhos.
- Ela vai se casar cedo - brincou o pai - Precisamos ir preparando o dote. Até já comprei uma pulseira de ouro para o dia das bodas.
- Fico muito satisfeita com o que ela diz, pois é uma prova que vê que somos felizes, e quer ter uma vida igual à nossa - observou a mãe.
À medida que iam passando os meses, Shanti falava cada vez mais sobre o “marido” e os “filhos”. Sua teimosia em se apegar àquilo, em vez de se interessar pelos assuntos que dizem respeito às criancinhas, acabou preocupando os pais.
- Quem é esse marido de quem você tanto fala? – perguntou-lhe a mãe.
- O nome do meu marido é Kedarnath – respondeu a menina, sem hesitação. – Ele mora em Mutra. A nossa casa é de estuque amarelo, com enormes portas em arco e janelas de treliça. O nosso jardim é grande e cheio de cravos-de-defunto e jasmins. Grandes galhos de buganvília vermelha sobem pela casa. Muitas vezes nós nos sentávamos na varanda, olhando o nosso filhinho brincar no chão ladrilhado. Nossos filhos ainda estão lá com o pai.
Os pais de Shanti foram ficando cada vez mais preocupados. Perceberam que não se tratava de uma criança normal. Com medo de que a filha estivesse louca, levaram-na ao médico da família.
O Dr. Reddy, que fora alertado sobre o problema, assegurou aos pais que Shanti era uma criança normal e muito inteligente, que inventara aquelas conversas para chamar a atenção. Com a vantagem que lhe dava a sua qualidade de médico, iria fazê-la confessar que inventara aquelas fantasias - prometeu.
Shanti, metida em seu pequeno sari, sentou-se na dura cadeira de madeira do médico e cruzou os braços, enquanto respondia às perguntas do Dr. Reddy. Repetiu tudo o que dissera antes aos pais.
-Então, como é que você não passa de uma menininha? - perguntou o médico.
-Sabe de uma coisa?-retrucou Shanti.- Eu me chamava Ludgi e morri há cerca de um ano, quando dava à luz outro filho.
O médico e os pais entreolharam-se.
- Continue – convidou o Dr. Reddy. – Conte tudo mais.
- A minha gravidez foi difícil desde o começo – continuou a menina. – Não me sentia bem, e quando vi que se aproximava o dia, comecei a ter medo de não estar em condições. Sentia-me cada vez pior, e, quando ocorreu o parto, a criança estava em posição invertida. Ela escapou, mas eu morri.
A todas as perguntas do médico, a menina dava respostas pertinentes.
Shanti foi levada para fora do consultório por uma enfermeira, enquanto o Dr. Reddy conversava com os pais. Era de todo impossível – concordaram - que aquela filha única, educada com tanto recato, tivesse em mente tão impressionantes pormenores de uma gravidez difícil.
Nos quatro anos seguintes, os alarmados pais levaram Shanti de um médico a outro. Todos eles ficavam estupefatos, sem encontrar explicação para o caso.
Quando a menina tinha oito anos, seu tio-avô, o Professor Kishen Chand, resolveu tomar o problema em suas próprias mãos. Era evidente que a garota não se afastava de sua narrativa. Tudo aconselhava uma investigação, a fim de descobrir se, em Mutra, um homem chamado Kedarnath perdera a esposa, chamada Ludji, no ano de 1925. Assim sendo, o professor escreveu uma carta, contendo perguntas pertinentes, e enviou-a ao endereço que Shanti tantas vezes mencionara durante os interrogatórios.
Quando a carta chegou a Mutra, foi aberta e lida por um estupefato viúvo chamado Kedarnath. Os fatos eram estarreedores, pois, na verdade, ele ainda estava sofrendo com a perda de sua esposa. No entanto, embora fosse um devoto hindu, não podia admitir que Ludgi tivesse renascido e vivesse em Delhi, lembrando-se nitidamente de sua vida em comum.
Desconfiado de algum plano sinistro, talvez visando lesá-lo, Kedarnath escreve a um primo, o Sr. Lal, que morava em Delhi, pedindo-lhe para entrar em contato com Shanti e sua família. O primo, que estivera muitas vezes em casa de Kedarnath quando Ludgi estava viva, poderia interrogar a criança, para provar que ela era uma impostora e seus pais desprezíveis chantagistas.
Pretextando negócios, Lal marcou um encontro com Devi em sua casa. Quando lá chegou, Shanti, que tinha então nove anos, estava ajudando a mãe a preparar uma sopa de legumes, e foi abrir a porta para o visitante.
A Sra. Devi ouviu um grito abafado e foi ver o motivo. Shanti atirara-se aos braços do estupefato visitante.
-Mamãe!-exclamou, soluçando de emoção.- Este é um primo de meu marido. Morava não muito longe de nós em Mutra e depois se mudou para Delhi. Estou tão alegre de vê-lo! Entre, entre!- acrescentou, dirigindo ao recém-vindo. – Quero saber notícias de meu marido e de meus filhos.
Naquele momento, apareceu Devi, todos os quatros entraram e iniciaram a mais incrível e agitada das conversas. Lal confirmou todos os fatos que Shanti vinha contando há anos. Havia, realmente, um Kedarnath que se casara com uma jovem, Ludgi. Sua esposa tivera dois filhos, pelo mais moço dos quais tinha uma predileção acentuada, até que morreu de parto, quando ia ter o terceiro. Shanti concordava, com uma indicação de cabeça, enquanto Lal falava.
O professor Chand foi chamado para se juntar ao grupo, e cooperar para que fossem tomadas as providências adequadas. Ficou decidido que Kedarnath e o filho predileto iriam a Delhi, como hóspedes dos Devi.
Quando chegaram, o filho de Kedarnath quase foi derrubado pela menina, menor do que ele, que tentava carrega-lo e o cobria de beijos, chamando-o pelos apelidos carinhosos, que o menino já havia quase esquecido. Quanto a Kedarnath, Shanti o tratou como se fosse uma adulta, como uma esposa submissa, fazendo questão de servi-lhe queijo e biscoitos, com os mesmos modos cerimoniosos característicos de Ludgi. Os olhos de Kedarnath encheram-se de lágrimas. Comovida, Shanti procurou consolá-lo, com palavras carinhosas, que somente Ludgi e o marido conheciam.
Apesar da insistência de Shanti, Kedarnath negou-se a deixar o filho com a família Devi. No fundo, aterrorizados com os estranhos acontecimentos, pai e filho regressaram a Mutra, a fim de refletirem sobre o caso.
A notícia incrível de ocorrência chegou aos ouvidos de Desh Bandu Gupta, Presidente da Associação de Imprensa da Índia e membro do parlamento Indiano, que resolveu consultar cientistas e outras pessoas responsáveis, ficando decidido que, se o caso de Shanti fosse uma farsa, deveria ser desmascarado. Se, ao contrário, a criança fosse a reencarnação de Ludgi ou se possuísse algum poder oculto que lhe permitia revelações tão pormenorizadas, a Índia estaria testemunhando o mais espantoso fenômeno da história moderna.
De qualquer maneira, tornavam-se necessárias novas investigações. Chegou-se à conclusão de que o mais aconselhável seria levar Shanti a Mutra, e mostrar-lhe a casa onde ela afirmava ter vivido e morrido.
Um pequeno grupo tomou o trem, rumo a Mutra: Shanti, seus pais, Gupta, um advogado chamado Tara C. Mathur, assim como cientistas, repórteres e outras pessoas gratas.
Quando o trem chegou à estação, Shanti deu um grito de alegria e começou a acenar para várias pessoas que se encontravam na plataforma. Explicou, corretamente, quais eram os pais do seu marido. Depois de descer do trem, conversou com eles, fazendo perguntas pertinentes, e falando não o hindustani, que havia aprendido em Delhi, mas o dialeto da região de Mutra.
Os viajantes vindos de Delhi entraram nos carros que os esperavam, e começou uma das provas mais decisivas: saber se Shanti conhecia o caminho de sua suposta casa. Obedecendo às instruções da menina, seguiram por ruas estreitas e tortuosas, assustando os pedestres e as vacas sagradas que dormiam pacatamente nas portas das casas. Por duas vezes, Shanti hesitou antes de ensinar o caminho, pedindo que lhe desse algum tempo para refletir, mas indicou, afinal, em ambos os casos, a direção correta.
Enfim, mandou parar.
-A casa é esta – disse - Mas a cor é diferente. No meu tempo, era amarela. Agora é branca.
Não podia haver dúvida. Kedarnath e seus filhos, porém, já não moravam ali, e os novos ocupantes negaram-se a deixar a comissão examinar o prédio.
A pedido de Shanti, ela foi levada à casa onde Kedarnath passara a residir. Lá chegando, chamou os dois meninos pelo nome, mas não reconheceu a criança cujo nascimento custara a vida de Ludgi.
Em seguida, Shanti foi à casa da mãe de Ludgi, uma velha que ficou confusa e aterrorizada com aquela menina que agia como Ludgi, falava como Ludgi e sabia de coisas que só Ludgi conhecia. No entanto, ainda chorando a morte da filha, lembrou todos os detalhes de seu falecimento e dos funerais.Era demais, para a mente perplexa e cansada da velha.
Quando perguntaram a Shanti se nada mudara na casa de sua mãe, ela respondeu prontamente que não estava mais vendo o poço. Gupta mandou escavar o local que ela indicou, e foi realmente encontrado um poço, coberto com tábuas e cheio de lama.
Kedarnath perguntou a Shanti o que Ludgi fizera com vários anéis que ela escondera antes de morrer. Shanti respondeu que ela os pusera em um pote, que enterrara no jardim da casa em que moravam.A comissão de investigação encontrou, realmente, as jóias no local indicado por Shanti.
Nos dias que se seguiram àquele começo sensacional, nenhuma solução se apresentou. O caso se transformou em um beco sem saída, pela impossibilidade de qualquer explicação científica. Houve, contudo, muita sensação, além do noticiário internacional, tanto em Delhi como em Mutra, provocando embaraço e aborrecimentos. A menina vivia cercada de curiosidade, e era objeto de comentários desagradáveis. Evidentemente, Shanti não podia assumir o papel de mãe de meninos mais velhos do que ela, e seu amado Kedarnath aproximava-se dela com apreensão, e não com afeto.
Shanti compreendeu que estava vivendo em dois mundos e que, embora se sentisse atraída pelo passado, esse era mais penoso e difícil que o presente. Aceitando o conselho de outros, aos poucos, com esforço e sofrimento, afastou-se de sua família de Mutra e tratou de viver como uma jovem em Delhi.
Em 1958, cerca de um quarto de século mais tarde, um operoso repórter reabriu o seu caso. Encontrou Shanti levando uma vida tranqüila e discreta, como funcionária pública em Delhi. Jornais em todo mundo relembraram o caso, mas Shanti negou-se a fornecer novos esclarecimentos.
- Não quero reviver minhas vidas passadas, seja esta, seja minha existência anterior em Mutra – disse ela. – Foi muito difícil para mim dominar a vontade de voltar à minha família. Não desejo reabrir aquela porta fechada.
O Professor Indra Sem, da Sri Aurobindo Ashram (Retito Sagrado), de Pondicherry, tem toda a documentação do inexplicável caso de Shanti Devi. Os cientistas e letrados que estudaram o caso só puderam dizer, com certeza, duas coisas: uma menina, nascida em Delhi, no ano de 1926, sabia de fatos positivos acerca de uma mulher que morreu em 1925, e forneceu informações minuciosas e corretas acerca da família da morta e da cidade de Mutra, situada a muitas centenas de milhas de distância.”

segunda-feira, 6 de julho de 2009

domingo, 28 de junho de 2009

PRECES E ORAÇÕES



PRECE PELOS DESENCARNADOS












Pai!... Ao longo da vida fui devolvendo à Ti muitos daqueles que amei...

Um a um, às vezes os mais idosos, as vezes os mais jovens, foram retornando para casa, deixando para trás saudades que até hoje me é difícil suportar; flores que trocastes de jardim, deixando em seu lugar o silêncio e a solidão...

Hoje quero pedir por eles, a todos que de uma forma ou outra estiveram ligados à mim nesta encarnação, para que os abençoe e guarde, a fim de que encontrem paz e serenidade no mundo espiritual.

Muitos deles, Senhor, não obstante o coração generoso, afastaram-se do corpo através de enfermidades dolorosas e incuráveis que lhes minaram as forças até o final, deixando na memória de todos o exemplo da coragem e da fé em Teus desígnios, sem esmorecimento...

Outros, Senhor, desiludidos com as provas que lhes cabiam na derradeira existência, não suportaram e sucumbiram, afastando-se da carne pelo suicídio ou pelas drogas, arcando assim com o agravamento dos débitos que lhes diziam respeito e por isso mesmo infinitamente mais infelizes que antes...

Outros, Pai, deixaram para trás os mais belos e santos laços desencarnando em pleno vigor juvenil, desfazendo-se assim de pesados grilhões passados e retornando com a leveza das aves para os ninhos Superiores, para descansar e prosseguir...

Outros ainda, Senhor, deixaram o corpo como quem abandona fardo inútil após cumprida a tarefa, enveredando-se pelos caminhos da felicidade engalanados de luzes e valores, conquistados pelo trabalho santo a que se dedicaram na Terra, em favor de todos os seus semelhantes...

Representaram muito para mim... Para alguns eu pude dizer "te amo", para outros não... No entanto, pela importância que tiveram em minha vida, o meu amor há de lhes ser carinho constante no além, porque acredito que nada se desfaz com a morte do corpo, pelo contrário, se fortalece...

Que hoje, eu possa levar a todos eles o meu pensamento de ternura e gratidão, para que saibam, estejam onde estiverem, que não estão esquecidos na Terra, habitando em minha lembrança e em meu coração com a mesma força e a mesma sinceridade de antes!

Assim seja!

André Luiz, IDEAL André, 02.11.2002*